sexta-feira, maio 18, 2007

Saudade em Barcelona

Dia 2: Portugal ConVida

Em Fevereiro, foi publicada uma reportagem no jornal La Vanguardia intitulada "Se dispara la inmigración portuguesa en Barcelona". Rezava mais ou menos assim:

Los jóvenes portugueses han escogido Barcelona como uno de los principales destinos para vivir. Esta moda ha hecho aumentar significativamente la presencia de inmigrantes lusitanos en la ciudad. En un año, un millar de personas se dieron de alta en el consulado, situando el colectivo censado en unos 12.500 individuos. "La mayoría son jóvenes con carreras como diseño, arquitectura o informática", ha explicado Bernardo Futscher, cónsul portugués en Barcelona, antes de añadir que "en poco tiempo pensamos que habrá entre 20.000 y 30.000 portugueses en la zona.
(...)A raíz de la inmigración portuguesa, han empezado a abrir los primeros comercios especializados en productos lusos. Es el caso de A Casa Portuguesa, en el barrio de Gracia. En tan solo cuatro meses, esta tienda-degustación se ha convertido en un punto de encuentro de los portugueses en Barcelona. ( in La Vanguardia, 20-02-207).

Para mim não foi novidade ler que a comunidade Portuguesa está a crescer na cidade condal (à 4 anos e meio que resido aqui e é com mais frequência que me encontro com outros Portugueses à procura da sorte nestas paragens), tampouco* fui surprendido pela existência d'A Casa Portuguesa...o que para mim foi novidade foi saber que o consulado até estava ao corrente desta "nova" onda de emigração lusa. A minha experiência no Consulado não foi das melhores, lembro-me que saí com a mesma frustração que sentia quando tinha de me dirigir a qualquer repartição pública em Portugal...pensei com os meus botões: "esta cara de mala leche dos funcionários estatais deve ser um requisito obrigatório para ser seleccionado para o lugar, foscasse **".

Bem! Depois de não ter ficado especialmente satisfeito com o funcionamento do consulado Português, é óbvio que fiquei surpreendido por ver as declarações do senhor consul***... afinal aquilo no consulado podia ter sido apenas um mau dia das pessoas que lá trabalhavam. A dúvida ficou em suspenso até que esta semana descobri um novo site, iniciativa do consulado (Portugal ConVida)...a coisa pinta muito bem... ainda não está concluído, mas desde já dou aqui o meu primeiro aplauso ao consulado Português em Barcelona, por estar atento.

Espero ver um Portugal COM VIDA e que o consulado CONVIDE a malta!

* - Os seis anos de emigração podem ser bastante crueis para a minha expressão tanto escrita como oral em Português...as dúvidas são constantes...desta vez com a palavra "tampouco" ( soava-me muito castelhano), aqui fica a nota:
Tampouco é advérbio de negação equivalente a "também não", "muito menos". [1]
É incorreto usar-se a conjunção nem antes de tampouco.[2] Nem tem o mesmo significado de "e não". Desse modo, a expressão nem tampouco torna-se pleonástica, eqüivalendo a "e não, também não", repetindo-se a idéia de negação duas vezes com palavras diferentes.Também não se deve confundir tampouco com a expressão tão pouco, cujo sentido é o de "pequena quantidade", "diminuto", "escasso".

**-...neste blog não pertendo ser politicamente correcto, até porque não sei se alguém algum dia vai ler isto, por essa razão e por este blog ser meu...permito-me usar palavras como foscasse ou outras que tais.

***-senhor consul, espero que se alguém, algum dia lê este blog que seja sua excelência e que convide a malta para as comemorações do 10 de Junho...olhe que o senhor embaixador de Portugal em Copenhaga convidava sempre, eu vivi lá e vi ;-)

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