quarta-feira, maio 23, 2007

A galinha da vizinha

Dia 4: Revista da imprensa espanhola, tema: Portugal

Ontem, na edição online do matutino "El País", podia ler-se a seguinte reportagem "La escuela portuguesa mira al futuro":
Con un presupuesto para Educación de 6.000 millones de euros (y el 93% dedicado a pagar los salarios de los profesores), Portugal mantiene un índice de abandono escolar peor aún que el español, en torno al 50%. El porcentaje supone que 20.000 niños dejan el colegio cada año antes de acabar la secundaria. La tasa ha subido desde el 38% de 1995, aunque en 2001 era todavía más alta: 52%. Pero el país no se resigna(...)El reto es extender la escolaridad a los 18 años y cualificar a los que abandonaron antes de tiempo. En esa pugna por aumentar la cantidad, el país que presidirá la UE en el próximo semestre añade otro reto de calidad: cualificar a una población en la que sólo el 10% de las personas que trabaja hoy han acabado la educación secundaria o superior(...)Para intentar "racionalizar" y cumplir el compromiso de cualificar a todos los portugueses, el ministerio ha tomado algunas decisiones. Varias de ellas drásticas y agresivas. Ha cerrado cerca de 2.000 escuelas rurales construidas en el Estado Novo que tenían menos de 10 alumnos (una idea de la que se hablaba ya hace 30 años) para concentrar a los alumnos en colegios más capaces y modernos; ha impuesto 2, 5 horas más de aulas lectivas diarias, con clases de inglés, música y educación física; ha aprobado el nuevo Estatuto de Carrera Docente que refuerza la autoridad de los consejos escolares y cambia la cultura del profesorado; ha potenciado la "diminuta" formación profesional con 500 nuevos cursos y ha lanzado con el Ministerio de Trabajo el programa Novas Oportunidades, para capacitar y certificar adultos(...)"Este país es sorprendente y responde, esas señales de mejora son extraordinarias", concluye Rodrigues*. "Tal vez Portugal está ya maduro y vamos a recuperarnos más rápido de lo que pensábamos".
* - Ministra da Educação

É, claramente, uma política de marketing do governo, apresentando estes dados aos correspondentes internacionais radicados em Portugal, no entanto, congratulo o actual governo por algumas das polémicas decisões que tem tomado. Compartilho a ideia de que Portugal está mais maduro, mas em 30 anos de democracia (com 30 ministros de educação?!) nunca se conseguiu limpar de vez os resquícios de política educacional ( e mentalidade) da ditadura, e Portugal está, assim, também mais cansado...os sindicatos, na minha modesta opinião, optam pelo papel de "Velho do Restelo" demasiadas e injustificadas vezes.

Seguindo a revista da imprensa, o jornal catalão "La Vanguardia" fazia uma análise dos dados da imigração em Espanha, "La afiliación de extranjeros a la seguridad social aumentó en 20.462 personas en abril, un 1,06% más respecto al mes anterior". Na Catalunha, há mais de 440 mil estrangeiros afiliados na Segurança Social e nós , dentro dos estrangeiros europeus, já ocupamos o segundo lugar, por detrás dos romenos, com um número de afiliados na Segurança Social superior aos 75 mil... Estamos a crescer! Há quem diga que estes números são proporcionais à crise nacional, pode ser?!!...eu perfiro pensar que somos inquietos e que buscamos sempre novos mundos, que a geração Erasmus já não fica tanto por "casa"...estamos numa de analisar a galinha da vizinha (Espanha) para ver se é melhor que a minha...a minha experiência ( que não é representativa) diz-me que a galinha é diferente. A galinha aqui (Espanha) está mais gordinha, ou quiçá, pondo uns ovos mais dourados. Mas a diferença é que a galinha espanhola é galinha de aviário, alimentada a ração e sem poder dormir muito. A galinha portuguesa ainda é alimentada a milho e, quando o sol se põe, vai dormir até que o galo cante... eu prefiro uma galinha caseira, isso sim, deviamos limpar um pouco a capoeira.

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